quarta-feira, 29 de maio de 2002
Se bem q por outro lado é bom, porque é sinal de que tenho alguma coisa pra fazer...
Tenho um monte de trabalhos da faculdade dos meus pais pra serem feitos. Meu pai faz Direito e minha mãe Letras. Minhas mãos têm caído de digitar e minha cabeça anda fundindo, mas pelo menos estou saindo com um diploma de Letras... direitas...
Deixa pra lá...
I got a new friend. Mas não vou falar dela ainda. Antes de fazer aquela ad amiga, vou pedir permissão. Da última vez q fiz propaganda sem permissão quase fui processado. Quem foi? Minha namorada.
Diálogo
- Você sabia que o cara do Bonde do Tigrão morreu esfaqueado por um fã dia 18 desse mês?
- Sério? Então é por isso que ele tava meio sumido...
Vou ali e volto já. Tenho uma matéria futebolística pra escrever...
terça-feira, 28 de maio de 2002
Deu isso aqui:
Seu número de destino é 3
Tal como os bons vinhos, os indivíduos de número 3 melhoram com o passar do tempo. Por serem muito arrojados, vão refinando seus talentos com a idade. Além de sensíveis e criativos, são muito bons e estão sempre prontos a ajudar os outros. Porém precisam aprender a canalizar as energias para os objetivos, sobretudo no trabalho. No amor, se dividem entre o desejo de estar com a pessoa e a necessidade de liberdade. Adoram surpreender a pessoa amada, chegando a criar situações exóticas, inusitadas. Só precisam ficar atentos para não se iludir e dourar demais a pílula do amor, o que parece difícil.
Seu número de personalidade e de alma tmb é 6
Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida. Ninguém melhor que as pessoas de número 6 para cumprir à risca essa afirmação. Responsáveis, estão sempre preocupados com os outros, sobretudo do ponto de vista emocional. Esse jeito vem um pouco do lado espiritual bem desenvolvido e de sua forte ligação com a família. Apesar desse cuidado, não deixam de ser exigentes, e até intransigentes, com o que acham certo. Em contrapartida, sabem receber e têm bom gosto para decorar a casa. No amor, são ótimos companheiros e românticos ao extremo. Porém devem evitar parceiros muito dependentes, pois tendem a tratá-los como filhos.
Só isso.
Estou com "cri cri". É. Pronto. Falei.
Sim, estou envergonhado. Mas poxa, todo mundo pode ter.
Começou com aquela inquietude, aquele comichão. Quando você menos espera, está com a mão no... instrumento de prazer. Você não consegue. Dói, mesmo que a vontade seja suficiente e a intenção boa. Não dá.
Isso tem me deixado louco. Só de pensar que estou meio... impotente... (como é difícil falar disso...)
Pior que estou com vergonha de ir procurar um médico, um especialista.
"Cri cri" faz você perder o sono, perder a motivação, porque afinal de contas, ela está relacionada a algo inerente ao ser humano, o prazer. É algo normal.
Ainda estou tentando me convercer que, estou com "cri cri". E a Su já tinha me dito pra não disperdiçar minha energia com coisas que não eram... certas. Pois é... Fiz e estou nessa. Espero não ter passado pra ninguém, principalmente pra ela.
Sabe quando sobra vontade, mas na hora do "vamos ver" você não consegue? Esse é o principal sintoma.
Qualquer um pode sofrer com isso, mas eu como musicista, sofro demais, além da conta.
Crise criativa deixa qualquer um maluco.
Putz, hoje eu tô feliz!!!!
O dia começou muito bem. Ao abir meus e-mails não é que a Bat's, a Lady McBeth e o Roger (baaaaaaita amigo meu de quase infância que não falava há quase um ano) estavam lá? Adoro começar o dia com amigos. É tão bom...
Roger é o cara que conheci no curso técnico e desde lá ficamos cada vez mais próximos até nos distanciarmos devez quando fui pra Porto Alegre. Ele é do Maze Of Mirrors, banda paulista (ex-Death Gates, no qual eu fui baixista por um ano, se não me engano). Qualquer coisa feita pelo Roger DEVE ser ouvida. O cara é foda. Ele tem outra banda de nome Atlantis, que eu nunca pude ver, mas tenho certeza de que os caras são bons.
Na Lady acho q encontrei uma amiga, que meu!!!, eu estou precisando... Aquela amiga diária, que não precisa nem se encontrar, basta falar de (curtos) tempos em tempos pelo ICQ mesmo...
(Sei lá. A mina só me respondeu uma pergunta pra mudança do blog e já estou achando que ela vai ser minha amiga...)
E a Bat's, putz, fui incluído no blog dela!! Significa que o que escrevo está sendo lido e apreciado... Tô tão feliz com isso. Depois da minha "cri cri", era o que eu precisava pra ficar feliz.
Estou naquele dias de "eu amo o mundo"...
Q bom...
"Eu amo o mundo" me fez lembrar do professor de Metrologia do técnico - o mais exigente (leia-se chato) - que de vez em quando ia com uma camiseta cinza com escritos em roxo, que diziam:
"Jesus te ama...
E eu também!!!"
Eu e o Ítalo - o japonítalo - ficávamos olhando pra camiseta, um pro outro e segurando a risada na silenciosa sala de aula.
hehehehhehe
Que boa época...
A nova música do Chilli Peppers tá rolando nas rádios. Guess what! É muito boa. Mas tenho aquela tese de que uma música ou álbum precisa ser ouvido(a) 3 vezes para ser tirada uma conclusão definitiva. Como só ouvi uma vez, vou poupar meus comments.
domingo, 26 de maio de 2002
Hello.
Sei que não tenho me dedicado muito tempo a mim mesmo escrevendo aqui, mas pelo menos tenho dedicado bastante tempo pra me conhecer e perceber que eu não sou o mesmo Rapha de antes. Não sou o mesmo Rapha que conquistava as pessoas pelas piadinhas e comentários, não sou o mesmo que consumia avidamente TUDO em relação à música, etre outras muitas coisas.
Esses últimos dias ao telefone (e sempre o telefone!!!) fizeram-me perceber que eu mudei. E mudei muito. Não consigo mais puxar papo com as pessoas sobre qualquer coisa, como fazia antes. Os assuntos que interessam a mim hoje, não são os mesmos que aqueles que me rodeiam gostam. Isso me deixa com uma profunda sensação de abandono. Não dos outros terem me abandonado, mas sim, de eu tê-los abandonado pq principalmente eu precisava descobrir esse novo Rapha. Pode estar sendo difícil seguir o meu pensamento, mas toda em mudança deve ter havido uma reflexão sobre a coisa a ser mudada. É foi (e ainda é) isso que estou fazendo.
Me sinto menos confiante, menos direcionado, mas mais culto, mais esnobe (sem querer...), mais... DIFERENTE. Só isso. Diferente do resto. E difícil de conviver com o resto.
Tive uma festa pra ir, mas não quis. Precisava me resguardar a mim mesmo. Pior é que me sinto covarde agora. Covarde por não ter ligado para o Márcio e avisado, que eu não iria, porque eu sei que ele iria fazer de tudo para que eu fosse, para que eu saísse do meu casulo. Acho que não estou pronto ainda. Ou só com medo de enfrentar o mundo... Passo 15 horas do meu dia na frente dessa telinha e não trabalho com informática e não tenho mais motivação pra sair de casa. Parece que tudo parece tão complexo. E me sinto tão preguiçoso...
Dá pra notar que há um pequeno conflito interno, né?
I hate been a post-teenager. Afinal, eu tô com 20... Não que isso queira dizer alguma coisa...
(Acho q vou apagar tudo isso...)
(Não. Deixa aí...)
Eu odei ser indeciso.
Desculpe se te fiz perder seu imenso tempo com minhas baboseiras, mas talvez num futuro próximo elas não sejam baboseiras.
Só precisava dizer isso.
Thx.
quinta-feira, 23 de maio de 2002
Chegou o Sedex da firma.
NÃO PASSEI.
Nada de Paraná, nem Saudades do Iguaçu, nem Tractebel, nem salário bom. Nada...
Merda!!!
Mas é isso aí... Sei lá... Cada um tem seus motivos...
E o carteiro ainda me zoou dizendo que só entregou o Sedex porque meu pai tinha dado caixinha de final de ano, o envelope estava sem o número.
- Valeu - eu disse.
- "Valeu" nada. É só continuar dando caixinha de final de ano...
Sou eu ou alguém lá em cima tá tirando um barato da minha cara...?
Ordem
Às vezes minha família parece a Família Do-Re-Mi. Fui tomar banho ontem e peguei a toalha azul com meu nome bordado (essa toalha tem história...). Depois do banho minha mãe perguntou inconformada:
- Você pegou a toalha do Leonardo?
- Não. Peguei a minha. A azul bordada...
- Não, agora todo mundo tem uma com o nome bordado. Tem que prestar atenção...
"Que porra! Porque todo mundo agora tem que ter uma merda de toalha bordada? Odeio ter q prestar atenção a coisas sem importância..." - meu pensamento na hora.
Acho que toda mãe tem um pouco de Pleasantville (aquele do filme em preto e branco, retrato da falsa perfeição dos lares americanos nos anos 50/60). Elas têm uma preocupação de estar tudo no lugar, certinho, como se a vida delas dependesse disso.
Quando chega alguém em casa:
- Não repare a bagunça...
Quando chega alguém em casa e algum lugar está bagunçado:
- Não deixa a visita ver isso...
Qual o problema?? Por que fingir que a casa está sempre limpa e perfeitamente arrumada? Ela não está bagunçada agora? Então foi porque não tivemos tempo de arrumar, ou não arrumamos com a devida freqüência. O raciocínio certo deveria ser: "Quer a visita goste da gente ou não, não fingimos ser o que não somos", mas não é assim... Outra: se a visita gosta da gente mesmo, não vai reparar se a casa estiver bagunçada, por isso nem precisaria dizer...
Se a casa estivesse sempre arrumada e tivesse uma baguncinha quando chegasse uma visita, vá lá. Mas a casa nunca está arrumada mesmo, então por que fingir? Mães são complicadas...
Rock&Gol
Agora pouco recusei um convite de ir à gravação da final do Rock & Gol da MTV. E o pessoal do Disinca (banda do meu irmão) vai conversar com o Pelado, baterista do Charlie Brown, sobre o CD demo deles. Quem sabe não é um pontapé pra ascenção?
E pior q eu não vou pq marquei com minha mãe de ir na óptica pra fazer nossos óculos... Que raiva... Pq não fui ontem qdo ela me pediu??
Às vezes mães têm razão.
Só às vezes.
terça-feira, 21 de maio de 2002
Vamos lá. Dei uma editada, porque deu nove folhas de fichário.
Domingo - 19:45
O Princesa dos Campos da plataforma 22 sai do seu box. Dentro, um jovem cheio de esperança. Ele olha as pessoas se despedindo no Terminal Rodiviário Barra Funda em São Paulo. Na rádio MIX, Van Halen. E o ônibus percorre as ruas da cidade mais movimentada do país, que num domingo à noite parece sucumbir à tentação de assistir ao Fantástico. (...) Os dados estão rolando e a sorte está lançada. "Pato Branco, aí vou eu!!"
"Esse ônibus leito é confortável... Começo a me sentir em casa. O estofado da poltrona de couro parece meu sofá. Já arranjei até suporte pro meu best friend, o walkman. Tem suporte para os pés e tudo mais! (Ê, propaganda!)"
Okay, eu ia escrever em forma de livro, mas eu não saberia contar essa loucura toda de um modo interessante em terceira pessoa...
21:50 - Itapetininga (SP)
Engraçado... Achei que o ônibus faria um trajeto parecido com a ida pra Porto Alegre (SP - Registro - Curitiba), pra só aí ir pra dentro do Paraná. Mas tudo bem, a menor distância entre dois pontos não é uma reta? Então...
Parada pra janta, que se resumiu a um bolinho de carne, um pão de queijo e uma Fanta Maçã. Sempre provo os pães de queijo das paradas. É o meu método de teste. Assim como o suco de uva nos restaurantes.
Parada de ônibus é uma coisa interessante. Vende-se de tudo! Revista, livros do Arquivo X, mangás (tem Vagabond, viu, Su?) até CD do Paranaense & Goiano tem... Interior fux.
Minutos depois - De volta ao ônibus.
Estou começando a ficar com asia. Acho que foi o bolinho... Espero que passe alguns filmes nessas TVs, pra eu esquecer. O outro que passou antes da parada era "Astronaut's Wife" (não sei o nome em português). Legalzinho até, mas meio viagem demais. Faltou verossimilhança. Time to get some sleep...
Segunda - 4h15 - Guarapuava (PR)
Nunca dormi tanto numa viagem. Leito é ruim por esse lado. Você não aproveita tanto a paisagem... Foda-se, tem Pepsi de graça... hehehe...
Um pouco de Bidê ou Balde na fita e logo Copiá - PR. Achei que o ônibus fosse encher durante o percurso. Deve ter umas 6 pessoas...
Já disse sobre as rádios? É um ótimo meio de saber onde se está quando viajando por aí. Nenhum sinal de música civilizada. Volto pras minhas fitinhas. Björk - Dancing In The Dark Soundtrack. Obra-prima. Ainda não sei qual é melhor, o filme ou a trilha. Lenços são recomendados em ambos. Hora de curtir a alvorada do dia.
7h30 - Algum lugar ao Sul do PR
Por quê raios o motorista só resolve dar uma de piloto quando estou arrumando minhas coisas?? Dei de cabeça na coluna do ônibus (espaço entre uma e outra janela) e está doendo.
Por ter chovido um pouco, não pude ver o sol abrir o dia. Campos longínquos, a perder de vista, compõem a paisagem. São daqueles que só não podem ser vistos por completo porque a Terra é redonda. Nesse aspecto lembra muito o RS.
8h - Pato Branco (PR)
Ok. Here I am.
Após informar a garota e a família, fui em busca de informações sobre o Hotel Província e o CEFET. A princípio a cidadezinha não difere em nada de uma qualquer do interior paulista, como São Roque; ou meio-central gaúcha, como Cachoeirinha.
Estou me sentindo O jornalista com esse bloquinho e caneta. Onde quer que eu vá as pessoas ficam me olhando escrever. Vou dar uma volta por aqui, já que o hotel fica na rua de cima.
Dada a volta, vou tentar não criticar a cidade com minha visão megalopolista. (Meu Deus, onde eu fui parar!!!!)
Pato Branco é uma cidade calma, sem o stress, o trânsito e principalmente o barulho de uma cidade grande. É um silêncio tão bom! Há muitas casas de madeira. Madeira mesmo! Muito verde. Mas segundo a Danielle Pulga, simpática garota que conheci no ICQ, é melhor eu ir me acostumando. "Saudade do Iguaçu é muito menor"...
11h30 - De ônibus pela cidade
A maioria esmagadora das casas é feita de madeira. A entrada do CEFET é um ladeirão, que tive que encarar munido de guarda-chuva. O CEFET daqui tem uma estrutura muito superior ao de São Paulo.
Numa visão um pouco mais negligente, aqui parece ser o único lugar onde vi pessoas bonitas. Ok. Digamos que as pessoas possuem fisionomias diferentes dos quais eu estou acostumado, "é que Narciso acha feio o que não é espelho"...
Enquanto esperava o ônibus para vir, li mais um pouco do Shinyashiki que meu pai me deu. Odeio auto-ajuda disfarçada de psicologia, mas eu estava precisando...
Novamente sou tido como freak por estar escrevendo à mesa de uma lanchonete em plena CEFET. Lembro de quando eu estava no lugar deles, achando um nerd quem fizesse isso. Rotular é tão mais fácil que tentar entender.
Depois de comer tenho que passar por um monte de rampas e blocos pra trocar de roupa e parecer mais "empregável".
16h40 - Depois da entrevista
Entrevista feita, roupa de viagem, família e guria notificados (q saudades!!), volto ao meu bloquinho.
Quatro entrevistadores, quatro entrevistados e, pra variar, eu fui o último. Tudo bem. Fui a atração da casa mesmo... Fui o "paulista". Os outros três eram de Medianeira, uma cidade próxima a Foz do Iguaçu. Não querendo menosprezar ninguém, eu era de longe o mais preparado. Segui as regras básicas para entrevistas e eles pareciam desconhecê-las, muito nervosos, talvez por inexperiência em entrevistas.
Duas horas depois do horário marcado eu entro na salinha com um técnico eletromec., um engenheiro mec., um gerente adm. de operações (!?) e um gerente de RH. Se todos foram fuzilados como eu, pobres concorrentes... Acostumado a entrevistas em firmas de grande porte, me sai muito bem. Ok, o Shinyashiki também ajudou. E a Su então, nem se fala. Ela praticamente me FEZ ser "empregável". Falei tudo que eles queriam ouvir. Nem +, nem -, apenas o necessário. Saí com ar de triunfo e enfrentei novamente a chuva sob meu protetor pluvial (até agora estou eloqüente). :)
Na saída, informado pelo porteiro do CEFET, vim a saber que àquele horário não mais haviam ônibus p/ a Rodoviária de Pato Branco. Fazer o quê? Esperei por uma carona. Passados dois carros que iam em outra direção, quem passa? Meus concorrentes de Medianeira, num golzinho, voltando pra sua cidade. Eles pararam e foram não só gentis em me deixar na rodoviária, como perguntaram qual CD eu preferia. Foram os 10 minutos mais inesperados de toda a viagem, sem dúvida. Eu e mais quatro camaradas (um deles tinha feito a mesma entrevista no grupo da manhã) cantando "Me deixa, que hoje eu tô de bobeira". Caras que tinham tudo pra querer se matar e principalmente ME matar (já que eles se conheciam entre si). É dessas coisas que a humanidade precisa: finais felizes. Posso não arranjar o emprego, mas esses 10 minutos valeram a vinda até aqui.
Sabe de uma coisa? Adotei um novo lema. Tudo vale a pena se a alma não é pequena. Vale pra tudo na vida.
E o pior ainda estava por vir... Hum... Ah, se estava...
A passagem de volta já estava comprada, mas não reservada. Cheguei no guichê da empresa: sem lugar. Ah, não!! A mina do caixa disse:
- Vou tirar um boletim pra ver se não tem alguma desistência.
Ela sorri pra mim e diz:
- É muito difícil ter vaga assim, na última hora, pra São Paulo. Sempre vai lotado. (...) É teu dia de sorte. Poltrona 19. Boa viagem.
Ufa!
Ah! E teve a tiazinha que guarda os banheiros da rodoviária!
Ela vem correndo para seu posto, com a cuia e bomba do seu chimarrão, ao ver que estou me aproximando. Ela olha bem pra mim e diz:
- O senhor não é motorista de ônibus? - ela toma uma pouco do mate.
- Como?
Ela repete.
- Por quê? Não. Esse banheiro é só pra motorista?
Ela sorri com toda a malícia que seus quase 50 anos pemite:
- Não, é porque se fosse podia usar o nosso, lá atrás.
- Não, não sou. É um real, né? - digo tirando a nota da carteira.
Ela faz cara de triste, como se sua última chance de ser feliz tivesse ido descarga abaixo:
- É...
Eu entrego a nota e passo como se nada tivesse acontecido.
Ao sair, ela nem estava lá.
Como se não bastasse ter um mano no Socorro, agora sou terror das velhinhas guardadoras de banheiro...
20h - Copiá
Volta. O que dizer sobre ela? Estou fazendo exatamente o mesmo caminho, portanto pode ser encarada como uma ida, só que de ré... :)
Duas coias que eu reparei nesse restaurante 3 Pinheiros.
1. Como as coxinhas estavam murchas! Pareciam ter a idade da minha avó. Nunca coma coxinha em parada de estrada, pode ser mais fulminante que veneno puro.
2. Como é grande o consumo de espetinho de frango! E o consumo é visivelmente masculino. Sem brincadeira, 80% dos homens presentes comeram espetinho. Será que pedir "Vê um espetinho aí!" deixa o cara se sentindo mais macho? Auto-afirmação? Caminhoneirismo? (Deixa de ser idiota, Raphael!!) Na próxima parada eu vou provar...
Terça 4h30 - Itapetininga
UNBELIEVABLE!! Não bastava ser uma ida de ré, tinha q ser diferente! Vamos por partes.
No Borsatto, aquele da asia, pedi um espetinho, mas não me senti nenhum Clint Eastwood (graças a Deus!). Pedi um suco de laranja, gigante. Agora o pior.
Olhando as revistas, mangás e livros do Arquivo X (comprei o 1°!), me distrai. Pior que me deu uma vontade louca de ir no banheiro, daquelas que não dá pra segurar. E o esperto aqui, ao invés de ir no do ônibus, foi no da parada. Aliviada a tensão fisiológica vejo meu lindo ônibus me esperando, mas mesmo depois de tanto tempo (+ de 20 minutos), ainda desligado. Mesmo assim, fui entrando. E qual não foi minha surpresa ao ver que o carpete era cinza ao invés do vermelho de antes! Desci e olhei para os lados. Esse era o único ônibus parado ali. Atônito, perguntei para o cidadão próximo ao ônibus como se ele tivesse culpa de qualquer coisa:
- Cadê o ônibus que tava aqui??
- Acabou de sair.
- Mas ele vai lá pra trás (garagem)?
- Não, foi embora mesmo. Era um leito, não era?
- Meu Deus, num brinca comigo...
Ele sorri querendo ajudar:
- Pergunta pra alguém aí.
Mais incrédulo, eu pergunto pra umas mulheres próximas e novamente a mesma resposta.
- Acabou de sair.
Volto ao cara, como se ele fosse o Próprio.
- E agora, Meu Deus?
- Num sei. Pergunta pro motorista desse aqui. Quem sabe ele te leva?
Entrei a passos trôpegos no recinto, perguntando com temor pelo motorista do ônibus. Expliquei tudo a ele. Concordou em me trazer a São Paulo.
No ônibus eu era o único de luz acesa, sem óculos, sem walkman, sem relógio, só escrevendo.
Só eu mesmo...
Sorte q a caneta e o bloco estavam no bolso.
7h - São Paulo
Desembarcados os passageiros normais, eu vou até a garagem da empresa.
7h30 - Garagem
Bairro do Limão (em frente ao Playcenter). Todos da empresa me zoaram dizendo que eu não gostei do Leito e preferi trocar pelo Executivo. Quando expliquei sobre o banheiro, riram, se desculparam (o motorista, em particular), entregaram minhas coisas e se despediram. Antes de ir pra lotação da empresa junto com umas sacoleiras com destinho à Estação da Luz, um senhor se aproximou, me viu escrevendo e ficou curioso.
- Você ficou na estrada?
- Não na estrada, na parada... No Borsatto, em Itapetininga.
- Mas, tá tudo bem?
- Tá...
- Pois é, eu tenho 10 anos de companhia e é a 1ª vez que isso acontece aqui...
8h - Ponto de ônibus
Carona dada, espero pela saída do Jd. Maracá para retornar ao meu querido lar.
Whatta trip! Que viagem!
sexta-feira, 17 de maio de 2002
por Leão Lobo
"Okay, okay, okay...
E o Raphael, é aquele, o Raphael Aguirra! É, ele foi chamado pra última fase da seleção pra vaga de Técnico Mecânico e hoje à tarde ligaram pedindo pra comparecer na CEFET-PR em Pato Branco!!!! Fica a 13 horas de ônibus de São Paulo!!! Segunda-feira às 13:30 ele vai estar lá!! Pra isso, ele vai pegar o ônibus na Estação Barra Funda às 19:30. Ele diz estar "tremendo de medo". É... Pra quem já encarou ir conhecer uma menina que nunca viu atravessando dois Estados, e ir parar em Porto Alegre com 20 horas de viagem nas costas, essa vai ser moleza. Mas o que está deixando o bofe nervoso não é o tempo nem a "lonjura" do lugar, mas sim que é uma cidade do interior do Paraná. Preconceito, né, Astrid? ... (Astrid comenta alguma coisa só pra fingir que estava prestando atenção)... Ai, é só pegar uns mapas da região ali, né? Fica com medo não, menino. Você vai ver que nessa vida tudo é passageiro, menos o cobrador e o motorista... (Leão sorri achando graça sozinho) Às vezes a cidade nem é tão pequena quanto você tá pensando... Vai com calma, viu? Eu ouvi dizer que mesmo tendo ido pra Porto Alegre sem conhecer ninguém, dessa vez ele está com medo pq não conheçe ninguém lá. Nem pela Internet. Ah, mas isso é o de menos... Olha, vou te dizer uma coisa, viu? Quando a gente quer alguma coisa, bofe, a gente vai lá e consegue... Fica tranqüilo. É só dar o melhor de si. Dê, dê sempre o melhor de si."
Leão Lobo
Eu sou maluco... Eu consigo.
Sou um dos 8 que foram selecionados. Estou mó orgulhoso. Foram três cidades que fizeram essa seleção com direito a prova de Português e Conhecimentos Gerais, nas quais fui super bem. Depois teve dinâmica de grupo e teste psicotécnico. Tudo isso me levou a esse cagaço em que estou agora...
Já trabalhei numa firma em que ninguém gostava de mim por ser paulista. Não contei? Isla Sementes S.A. Fiquei menos de um mês lá e fui demitido por ter medo de altura e não conseguir trocar um registro que ficava a 30 metros do chão. Trocar registro nem era minha função. Eles queriam um faz-tudo, o que eu não sou e nem passo perto. "Experiência, né?" disse Dna. Glória (vulgo "mãe"). Pelo menos serviu pra eu descobrir que eu tenho medo de altura...
Pra essa, eu vou e volto no mesmo dia. Mas com o corre-corre vou ficar sem escrever por um tempo. Uns 4 dias. Beijos e abraços. Wish me luck.
Não tô muito a fim de dar uma de resenhista hoje... Não é à toa que esse texto tá mais pra textículo...
Pior q to meio sem criatividade pra escrever qualquer coisa. Um amigo meu disse que minha escrita é boa, que eu poderia trabalhar na tv, jornalismo, etc. Eu sou só um técnico mecânico apaixonado por música e que queria fazer coisas que as pessoas gostassem, seja escrevendo um livro, fazendo um álbum, publicando resenhas, etc. Acho q ter q ser admirado faz parte da minha personalidade, ou da personalidade do meu signo. Já disse que sou astrólogo nas horas vagas? Pois é.
Também nunca disse que tenho uma irmã mais nova, né? Roseane, 15 anos... (Como tô velho!!)
Meu vizinho tá fazendo 18 anos hoje. Amanhã tem festa dele no Barba Rala, que eu não tenho a menor idéia de onde fique nem vontade de ir. Acho q estou tão confortável em casa que nem convite pra festa com música ao vivo me anima. Prato cheio pro Márcio analisar. Gosto de analisar comportamentos com o Márcio. Baita amigo.
Falando em análise, hoje tem Celebridades do Woody Allen em algum canal aí. Se valer a pena escrever sobre ele, escreverei, se não vou encher o saco de quem estiver lendo com minha vidinha pacata de pouco direcionamento (cama-pc-cozinha-pc-banheiro-pc-tv-cama).
To copiando o CD do Matrix agora. O meu original sumiu. Fiquei puto com meu vizinho, acho q foi com ele que vi pela última vez. Pior que foi minha garota que me deu... Eu adorava aquele CD e, mesmo eu copiando as músicas pra fazer um CD exatamente igual, eu sei que aquele que a Su me deu nunca vai voltar... Snifs...
Preciso conseguir emprego!!! Bom, a Tractebel-Gerasul me respondeu dizendo que estou na etapa final de classificação para a vaga de Téc. deles. Agora é só esperar pra ver quando eu vou pra Saudade do Iguaçu, no Paraná. Se alguém que more em Saudade do Iguaçu estiver lendo, por favor, me diga como é a vida campestre!! Tem luz aí? (É uma empresa de Energia Elétrica, seu idiota, é claro q tem luz!!!!) Hum, tem... água encanada? Foi difícil achar a cidade no mapa, ela é muito pequena... Deve ser um buraco desgraçado. Se tiver alguém daí, não deixe de me escrever, meu e-mai é raphael.aguirra@terra.com.br ou deixe um comentário no site mesmo. E se não tiver Internet lá? E se não houver computadores?? (Pára, Raphael!!! Vc está pirando. Relaxa....)
Ok, pelo menos espero que minha função seja legal. Tem um provérbio chinês que diz "A pessoa que faz o que gosta é de extrema sorte pois nunca vai ter que trabalhar."
quinta-feira, 16 de maio de 2002
Escrevi pra irmã de um cara q tem um blog q saiu numa revista feita por caras q eu admiro em Porto Alegre. Aliás, Cardoso, se estiver lendo, eu terei a honra de ler seus comentários. Como se isso fosse possível... Mas é isso. Estou inaugurando alguns comentários no blog. Espero q dê certo... Escrevam o q tiverem a fim. Censura é a pior coisa q existe.
"Ai, ai, Vanessa dos meus pecados" (já diria minha vó)... Tomei um choque com a notícia q essa amiga minha dos tempos da Federal, agora CEFET-SP, me deu por e-mail... pior q posso estar na mesma situação... Tá, chega, não vou falar mais. Vou passar por isso sem meus amigos ficarem sabendo... Até pq ainda não está confirmado... Bom... Anyway... (Sobre o q eu escrevo????)
Ah, quer saber. É isso aí. Obedeçam seus pais, ajudem a cruz vermelha e não tomem gelado.
terça-feira, 14 de maio de 2002
Não estava muito com saco de escrever, até achar um testezinho legal on da web...
4 degreez.com
É interessante. Tanto que vou dar meu score final:
Desfunção - Nível
Paranóia: Baixa
Esquizoidia: Moderada
Esquizotipia: Alta
Antisociabilidade: Alta
Confiança: Baixo
Histrionismo: Moderado
Narcisismo: Moderado
Evitabilidade: Moderada
Dependência: Moderada
Obssessivo-compulsividade: Alta
Aos psicólogos, psiquiatras, analistas e terapeutas, minhas sinceras desculpas por quaisquer erros de tradução. Nem dicionários ajudaram muito.
Ter q ter saco pra fazer esse teste, pq é muito comprido... Eu achei ele no blog de uma outra gaúcha, esta morando em São Paulo, que eu pago muito pau... Clarah Averbuck. brazileirapreta.blogspot.com. O blog dela é divertido, mas tem q tar no clima pra ler, se não vc vai querer se matar... Como ela, às vezes...
Agora tenho q correr pra consulta no oftalmo e encarar "os pobre" em Santo Amaro.
segunda-feira, 13 de maio de 2002
Molde americano de filmes
Assistir ao filme Pearl Harbor só comprovou minha tese anterior, da época do Titanic. Pearl Harbor se inclui num tipo de filme muito comum em se tratando de filmes norte-americanos. Eles seguem descaradamente um padrão, um modelo, uma fórmula de como se fazer filmes de grande bilheteria. E mesmo sendo repetida a fórmula, eles vendem. Veja se consegue identificar esses pontos em outros filmes:
Uma missão grande, um feito, que é o ponto de partida para a história. Eis a história.
Um casal apaixonado vivendo um dilema, que pode separá-los.
Uma pessoa que faz alguma coisa errada, imoral, ou simplesmente é má e que possivelmente vai fazer algo contra o(s) bonzinho(s).
Um acontecimento que entra pra História do nosso mundo. Esse é o começo do fim.
Por fim, alguns (os bonzinhos) sobrevivem a esse acontecimento, mesmo tendo que pagar o preço de um dia terem se separado (algo ruim acontece a eles, mas não chega a ser muuuito ruim...). E o mal, o traidor, o antagonista morre.
Isso é uma fórmula. Quantos filmes você não conhece com uma história assim? Ou parecida? Titanic, Pearl Harbor, Armageddon, Gladiador, Godzilla (que eu nem vi, mas posso ter certeza que segue esse molde), entre muitos outros. Billy Wilder, renomado roteirista de filmes clássico, disse certa vez que quanto mais o filme esconde sua "fórmula mágica do sucesso", melhor ele é.
Eu classifico o nível de aproveitamento de um filme, o quanto ele acrescenta à cultura de quem o aprecia, eu chamo isso de nível de aproveitamento cultural. Nesses termos, Pearl Harbor é de baixíssimo proveito. A História contada ali é distorcida da realidade, quase ilógica. Japoneses com cara de maus, de assassinos. Mas quando mostram os americanos atacando a base japonesa, aí sim, eles são verdadeiros heróis. Eles amarram medalhinhas dadas pelos próprios japoneses às bombas, para devolvê-las!! Risível.
Pearl Harbor nada mais é do que um filme contado por um povo chato e egocêntrico, o que deixa o filme chato e nacionalista. Para piorar, a tendência americana de produção cultural é justamente exaltar seu nacionalismo exacerbado e tão cego quanto a religiosidade muçulmana, por conta do presidente George W. Bush, que fez esse pedido às produtoras de Hollywood.
Para os apreciadores de um cinema verdadeiro e justo, restam os filmes nacionais, europeus e asiáticos, cujos aproveitamentos culturais são monstruosos se postos ao lado das produções cinematográficas norte-americanas mais recentes.
-------------------------------------------------------------------------------
Ok, agora tenho q atualizar meu currículo. Sou técnico mecânico formado pela Escola Técnica Federal no mesmo curso que o João Gordo, na mesma escola. Espero que meu futuro seja diferente...
domingo, 12 de maio de 2002
Engraçado como antes de ir pra Porto Alegre tentar realizar meu sonho de sair de casa, me sustentar, ter o meu lugar e morar com a mulher que eu amo eu não ligava pra minha família. Hoje vi minha avó, uma figura humilde, com problemas de saúde, mas com um caminhão de experiência nas costas... É... A vida é assim mesmo...
Feliz dia das mães!!
Na ida fui ouvindo o Lulu Santos do meu pai, mas na volta pus o meu fone com I Might Be Wrong do Radiohead. A banda tem uma simplicidade, que unida a uma profundidade e intensa sensação de sofrimento consegue exprimir todo o lamento de uma alma no decadente mundo atual. Os vocais de Thom Yorke são hora agonizantes, hora sussurrados, mas nunca inexpressivos. I Might Be Wrong é uma compilação de gravações ao vivo de músicas contidas no álbum-virada da banda, o Kid A. Por si só Kid A revolucionou o rock, mas introduziu um caráter mais eletrônico na banda, que pirou de vez ao lançar Amnesiac, o mais recente e eletrônico álbum da banda inglesa.
I Might Be Wrong é a trilha sonora perfeita pra uma viagem de passageiro. Mas, atenção! Nunca diriga escutando Radiohead. Você pode querer jogar o carro num poste... O alternativismo de Radiohead pode ser conferido no site www.radiohead.com.
Alguma dúvida de que o Rubinho é capacho da Ferrari? Até o piloto de testes, que também é brasileiro, deve ser mais bem conceituado que o Rubinho Barriguinha. Uma vergonha. Desde a morte do Senna, nenhum brasileiro foi mais tão fanático pelo automobilismo. Agora, então... No comments. Eu que era tão fã de F-1...
Minha mãe, D. Glória, que não manja nada de automobilismo de qq tipo, comentou: "Mas pq ter dois pilotos na equipe, se só um ganha?".
E o FHC ainda se presta pra escrever carta pra Ferrari dizendo q a "nação brasileira está envergonhada com o ocorrido". Entrevistas posteriores ao Grande Prêmio mostraram um Rubens despreocupado, submisso, quase alienado ao acontecido. Só espero que o Felipe Massa não siga este mesmo caminho, pq o Barrichello acabou com qualquer esperança acatando a ordem da equipe. Tudo bem que ele estava defendendo seu contrato, mas de que adianta ficar mais dois anos numa equipe feita de marketing, glamour e promessas se nunca se pode vencer de verdade?
As vaias do público austríaco para o "vencedor" alemão Michael Schumacher no pódio dizem tudo. Tsc, tsc, tsc...
O caso é que um tiozinho chapado de tudo que era possível começou a puxar papo comigo na saída. Eu estava lá, só segurando a guitarra do meu irmão mais novo (18) e um cidadão cabelo rasta loiro, parecendo um pom-pom, aproxima-se. Conversa de bêbado é foda, de bêbado e chapado, então... Me chamou de Marcelo e o escambau. Falou q agora eu tenho um mano no Socorro...
Socorram-me, subi num ônibus em Marrocos.
Antes disso briguei e reatei com a minha mina. Ela anda muito insegura... Tá achando q tá grávida. De mim, é claro. Sei lá, todo mês ela acha. Quase já não me espanto. Quase.
Antes disso, fiz as pases com minha ex-melhor-amiga-unha-e-carne. Depois de dois anos de espaço que eu fiz questão de ter, cheguei e pedi perdão por tê-la machucado. Ela é bem complexada, mas convenhamos, a vida dela tá uma merda e, honestamente, só começou a piorar depois que eu fui embora. Típica garota depressiva, mas em compensação o Márcio entrou na vida dela e acho q não foi por acaso. Esse grande amigo dela, mais experiente, está tentando tirá-la do poço. Aprendi muito com ele hoje. O cara é um psicólogo nato. Ele era só meu conhecido até hoje. Tenho a impressão que achei um amigo pra vida inteira e isso não é todo dia que acontece. Pena que desde de o Reveillón não sei o que é champanhe...
Já disse que odeio telefone? Pois é. Qdo era pequeno não tinha telefone em casa, qdo veio eu tinha 16, mas não fazia muito minha cabeça. Aos 17 conheci minha gaúcha e passei a usá-lo muito. Acho q não gosto pq me faz lembrar q eu não estou com ela, sei lá...
Fico me perguntando se alguém lê isso aqui... Acho q é muita pretensão achar q no segundo dia, alguém já teria entrado aqui e lido. Tem tantos outros blogs mais interessantes... Sou tão... comum... Por isso gosto de coisas alternativas. Circuitos, músicas, programas, livros, filmes, tudo. ALT é muito bom. Pra quê ser mais um? Be different! Escute Björk, Chemical Bros., Los Hermanos (preferencialmente o segundo álbum). Não seja um adorador do Iron. Embora, o Bruce seja foda. Não seja um fã surdo e have fun.
That's all folks pq amanhã tem o tradicional almoço na casa da vó e tenho q acordar cedo pra ver o Rubinho quebrar o motor da Ferrari.
Mas não esquento, logo tem a Copa pra gente rir um pouco... Da nossa seleção, é claro.
sábado, 11 de maio de 2002
Oi, sou novo por aqui. Você vem sempre aqui? Que bom... Porque vou precisar de alguém... Vou precisar de alguém pra me ajudar e incentivar nesse projeto.
Tenho problemas pra começar projetos. Tenho problemas pra começar coisas. Mas me abro muito facilmente. (E se vc pensou merda com essa última frase, então seu lugar não é aqui.)
Se alguém quiser me conhecer por dentro, saber o que tem dentro da minha cabeça, aqui é o lugar perfeito para meus inimigos me destruirem, mesmo que meus inimigos se resumam a atores de filme que eu odeio e nunca vão saber que são meus inimigos...
Acho q sou paranóico às vezes, mas desde que Mulder foi embora e agora me persegue, parece que estou ligado a frases de filmes como meu cunhado, que só consegue se expressar com frases de efeito. Meu cunhado costumava ser um inimigo, mas agora não é mais, ficou bonzinho comigo depois que corri algumas ruas de Porto Alegre à noite pra comprar remédio pra namorada dele. Nenhuma farmácia tava aberta e, por isso, ele ficou bonzinho.
Okay, se você não entendeu estou tentando me abrir aqui escrevendo nessa janelinha. Ela vai ser meu psicólogo por um tempo.
Hey, quer saber o q acontece com seus neurônios qdo está em depressão? Eles murcham e saem com o cocô na próxima ida ao banheiro. Li isso num outro blog.
Antes eu assistia Blossom, hoje vai passar, mas eu não gosto mais. Como eu era tão imbecil?
Meu nome é Raphael Com PH, sou paulista, viciado em música, conheci uma gaucha na Internet há três anos atrás. "Rio Grande do Sul... não muito longe, não?" Com certeza! Me fui. Entre idas e vindas continuamos juntos até hoje, eu aqui e ela lá. Impulsivo? Talvez. Louco? Sem dúvida.
Talvez por isso eu tenha começado esse projeto. Mas vou falar bastante de música. Sou movido a música. Music is the Energizer.
Agora vou sair... Acho q não vou contar nem pra minha garota que eu faço isso aqui, pra poder me expressar sem culpa, sem medo.
Pressão psicológica é foda.