segunda-feira, 31 de março de 2008


Poema Play

"A dança das canetas: uma vida anotada"

Tremíamos "feito vara verde",
como nossos pais.
Os números já tinham dançado
sua dança louca
nas falhas planilhas e bloquinho
para formar o grande bloco de notas
que ainda não temos...

Pós almoços homéricos,
de Itiriki à Ogawa,
o segredo é conter-se.
Ficaram pra trás
a falsa valsa e
a farsa da máscara neutra:
pura sensação extravasada pela caneta,
um tango apaixonado no papel das Notas.

Os olhares cúmplices...

Nós, em dois, em um nome
depois de tomarmos tantas notas,
a sublimação de escrever-nos tantas vezes virou
o champanhe
do contrato selado,
gelado,
visto que sem Li (ou Sueli).
Mas a Glória nos chama ao longe
de longos anos...

Era como se fosse a nossa primeira vez
E, de fato:
(memória)
nervoso feliz
(memória)
instigado querendo
impulso
e o sorriso
(sorriso)
duradouro
(e certo)

"Play"
Simples assim.
O significante significativo!

O grito ficou preso na pressa
já que 7min nos separam
do Ipiranga,
reproduzido nos livros de história
direto para nossa História.

Os parabéns das finanças humanas
nos olhos e nos SMSs.
Assim como quem brinca,
lendo A Regra do Jogo,
crescemos.

Ao fim de uma semana,
como toda boa idéia,
é bom escrever e gravar
pra sempre:

Eu e o folder entrando na casa paterna
O beijo para o trabalho feliz
Os parabéns "splash and go"
A mensagem celular
A chamada ao longe
Às palmas escrituradas
As fotos e o poema
"A dança das canetas",
com suas notas, que,
oxalá, se Deus quiser e a Deusa permitir,
vão virar música para dançarmos
juntos...