Zatoichi (2,8)
(Zatôichi - Japão - 116min - 2003)
É um filme sobre samurais e que não difere muito de qq outro filme do gênero no país. Mas o que sua história traz de inovação é que o personagem principal é um samurai cego, que sente mais as pessoas do que as vê. Infelizmente essa sensibilidade não foi bem usada no filme.
As coreografias de luta são muito boas, empolgantes. Mas não serve pra quem procura um filme um pouco mais cabeça. Interessante que há algumas cenas que assemelha o filme a um musical, mas não as de batalha, cenas de coisas comuns. O barulho da ação das pessoas acompanha a música. É nesse sentido que parece um musical, como se na ação costumeira das pessoas houvesse algum ritmo.
Trata superficilamente também até o tema da androginia, por um menino que se disfarça de gueixa para matar um membro importante de uma gangue.
A história é sobre brigas de gangues de samurais, que no final não passa da velha luta dos bonzinhos com os malvados.
A direção faz bem o seu papel, sem erros mas sem grandes acertos. Com exceção do forte da casa, as cenas de batalha.
A trilha sonora mistura músicas típicas japonesas com um toque de música eletrônica, culminando numa apresentação de música e dança a la Stomp. É muito interessante e divertido especialmente para os ouvidos, entretanto a falta de sincronia entre som e imagem tira boa parte da graça do que está sendo mostrado. A edição do filme como um todo é péssima. O mesmo acontece com todos os trechos musicais: falta sincronia, mas a intenção é boa.
Não é um filme chato, porque faz o espectador rir com almas partes curiosas e alguns diálogos muito irônicos. Exemplo: o gordo louco que quer ser samurai, se veste como um lutador das cruzadas e fica correndo em volta da casa do personagem principal gritando durante todo o filme.
Divertido. Mas quando o assunto é arte marcial japonesa ou até cinema bem feito, dezenas de fáceis exemplos o superam.
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