domingo, 14 de novembro de 2004

Los Muertos (0,5)
(Los Muertos - ARG/FRA/HOL/SUI - 2004 - 78min)

O filme é morto. A platéia fica morta. Todo mundo fica morto. No máximo dá pra tentar dizer que o diretor tentou captar a paralisia da vida de um cara que acabou de sair da prisão e tem que atravessar uma selva e um rio pra mandar uma carta pra filha de um amigo e reencontrar sua família. Ufa!

O filme enche o saco pelos longos planos silenciosos, numa trajetória de um ponto fixo na paisagem. Chato.

O roteiro deve ter sido feito em quinze minutos. Os atores, pegaram um povo das cercanias. Meu cachorro faz aquela atuação. O bode é o melhor ator, diz uma espectadora. Aliás, numa cena do ator principal matando e destrinchando um bode vivo aos olhos do espectador. A frieza com que ele faz isso é revoltante, nojenta e desnecessária. É um horror.

Conseguiu ganhar do Mal dos Trópicos.

É interessante que o diretor estava na sessão presente, como esperando as críticas. E até pensei em jogar alguma coisa nele, mas eu poderia ser preso por isso, aí desisti.

A direção é tão sutil, tão sutil, que... não dá pra entender o filme.
As coisa ficam inexplicadas e ficamos tentando entender o sentido do filme. O cara não atinge o objetivo. Então, faz com que o espectador pense. A grande pergunta é... pensar em quê, meu Deus??
Quando o filme é bom, é um deleite; quando é ruim, mas ruim mesmo, só é interessante tentar entender por que foi feito. Isso é um exercício de cérebro, mas quando não há o que entender... Mesmo com o diretor na sessão, houve aplausos (irônicos) e vaias. O cidadão até ia comentar seu filme, mas preferi não ficar pra não cair em tentação.

Simplesmente o pior filme que vi no cinema.

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