quarta-feira, 24 de dezembro de 2003

Osama
(Osama – Afeganistão/Japão/Irlanda – 82min – 2003)

Tem filmes que não dá para ter polidez ao se falar deles. Este é um caso.
Puta que pariu!! Saí do cinema com o coração tão apertado que quase comecei a chorar no meio da rua...

Osama é sim um filme afegão, mas ao contrário do que possa sugerir o nome, homônimo do terrorista mais temido do mundo, o filme conta a história de uma garotinha que mora só com a mãe e a avó. Como não há homens na família, e no Afeganistão só eles podem trabalhar, a avó e a mãe resolvem disfarçá-la de menino a fim de conseguir o sustento desta família miserável. Só que ninguém esperava que o talibã resolvesse, bem nesta época, não só aterrorizar a população como a pegar todos os meninos de Cabul e treiná-los para a guerra.

Triste e real, o filme não poupa o espectador: é tão cruel quanto a realidade das mulheres daquele povo. Principalmente para quem é fã da figura feminina e de todos os seus papéis na nossa sociedade, é doloroso ver o quanto sofrem estes lindos seres capazes de carregar a vida dentro de si...

Osama, com isso, mostra, sem julgar, as crenças atrasadas desta cultura e civilização. Um filme muito bem feito, triste sem ser meloso e que nos mostra como a vida pode ser ruim para os afegãos e, egoisticamente falando, boa para nós, que com filmes como esse podemos ver como reclamamos de coisas tão pequenas...

Chuif... (que vontade que me deu de abraçar a minha lindinha depois do filme... snifs...)

Resumindo, o Oscar de melhor filme estrangeiro já tem dono: Osama.

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