Encontros e Desencontros
(Lost In Translation – EUA/Japão – 105min – 2003)
Drama e comédia, leveza e densidade, relaxamento e tensão, tudo isso, misturado e alternado, num só filme: Encontros e Desencontros.
A diretora Sofia Coppola (sempre lembrada como a sobrinha do "Poderoso Chefão" Francis Ford Coppola), neste seu segundo filme, surpreende mais que o emocionante As Virgens Suicidas. Lost in Translation conta uma história particular para falar de temas universais. Solidão, crises comportamentais e significado da vida são alguns dos assuntos extraíveis da fita.
Bill Murray está perfeito, indo de impagável com ação em 2 segundos.
Scarlett Johansson se já não tinha sido surpreendente o suficiente em O Homem Que Não Estava Lá, agora vem mesmo como um nome a se prestar atenção; vai ser bastante falado num futuro próximo. Há também a participação de Giovanni Ribisi, um dos melhores novos atores americanos, mas aqui num papel menor, o de Marido de Scarlett Johansson.
Impressionante como tudo é perfeitamente equilibrado no filme. Talvez tenha sido de propósito para ficarem marcantes as confusões psicológicas e lingüísticas dos dois americanos (um velho e famoso ator – papel de Bill Murray - e uma jovem casada há dois anos com um ausente marido a quem ela está acompanhando) tentando se encontrar a si próprios em Tóquio.
Há seqüências hilárias da confusão de idiomas – inglês e japonês. Daí o título original (Lost in Translation). Outra interpretação também pode ser dada ao título: a de que os dois não só incompreendem a língua das pessoas ao seu redor, como também as atitudes de todos os outros que não eles dois.
Como disse, leve e denso, engraçado e dramático. Divertidíssimo!
Na minha humilde opinião, o melhor filme do ano.
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