quarta-feira, 24 de dezembro de 2003

Kedma
(Kedma – França/Itália/Israel – 100min – 2002)

De êxodo em êxodo foi feita a história do povo judeu. É um trecho desta história que o renomado diretor israelense Amos Gitai nos conta.

É um bonito drama, com planos bastante poéticos, sobre a luta deste povo tão maltratado. A interpretação de Andrei Kashkar é bastante comovente. A fita levou o prêmio de melhor filme no Festival de Cinema de São Paulo no ano passado.

Kedma é um filme de silêncios em algumas partes, mas também de ação; de línguas estranhas, mas de ditos universais; polêmico, mas também chega ora a empolgar, ora a comover.

Há uma seqüência de choque contra os árabes, também migrantes, que é tristemente irônica. Só o que faltou para a plena compreensão do enredo foi um pouco mais de pano de fundo histórico.

Kedma nos faz ver que os refugiados israelenses são pessoas, seres humanos, e não simplesmente matéria do telejornal, que é o meio que usamos para conhecermos sua história.

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