segunda-feira, 24 de julho de 2006


Seis pessoas e muito tempo livre...

Vi-C-Va-P-R-A

João passeou no parque.
...e avistou um ninho de mafagafos...
...embriagados e famintos
corriam alucinadamente pelo deserto.
Até acharem um oásis de água imbebível.
Se bem que, nesse oásis, o clima era tão tenso que a água quase não fazia falta.
Ele tentou aproveitar libidinosamente todos os atributos do local, mas conseguiu ir além.
Avistou as vergonhas da transeunte incauta e pensou: 'Ah, eu tô maluco!'
Resignou-se por não poder possuí-la e enclausurou-se nas montanhas.
Resignação ou covardia? Não precisava, necessariamente, fugir de seus desejos.
Não! Fugir disso seria covardia, sem dúvida. Devia, sim, era possuir tudo ali que podia! E logo!
Calafrios, arrepios, tremores, vontade, medo. Mas aquela tinha que ser a hora H.
E ele decidiu ir com tudo.
Não teve conversa: ia ser tudo e naquela hora. Ao fundo, tocava uma marchinha de Carnaval, na voz de Sílvio Santos: 'A pipa do vovô não sobe mais!'
E ela não subia, não dava sinais de levantar vôo. Que desespero! Decepção! Mas lembrou-se de ter calma e relaxar um 'cadinho.
Respirou fundo e foi acalmando-se. Num passe de mágica, o que parecia impossível aconteceu.
Ouviu ao longe uma música, Wagner talvez. E seu espírito falou-lhe alto, deixando o corpo de lado. Calmaria.
A brisa da noite bafejava, e a lua estava plena.


Surreal? 'Magina!

(depois tem mais uma!)

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