Quem disse que trabalhar revisando as apostilas do cursinho não pode ser uma coisa boa...?
Anyway, descobri dois lindos poemas: um surrealista daqui mesmo e o outro um simbolista português. Hoje vai só o primeiro.
Metade pássaro
(Murilo Mendes)
A mulher do fim do mundo
Dá de comer às roseiras,
Dá de beber às estátuas,
Dá de sonhar aos poetas.
A mulher do fim do mundo
Chama a luz com assobio,
Faz a virgem virar pedra,
Cura a tempestade,
Desvia o curso dos sonhos,
Escreve cartas aos rios,
Me puxa do sono eterno
Para os seus braços que cantam.
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