e o simbolista.
Ao Cair da Noite
(Eugenio de Castro)
Numa das margens do saudoso rio,
Contemplo a outra que sorri defronte.
Lá, sob o Sol, que baixa no horizonte,
Verdes belezas, enlevado, espio.
- Ali (digo eu), será menos sombrio
O viver que me põe rugas na fronte...
E erguendo-me, atravesso então a ponte,
Com meu bordão, cheio de fome e frio.
Chego. Desilusão! Da margem verde
Eis que o encanto, de súbito, se perde:
Bem mais bela era a margem que eu deixei!
Quero voltar atrás. Noite fechada!
E a ponte, pelas águas destroçada,
Por mais que a procurasse, não achei!
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