quinta-feira, 19 de setembro de 2002

Alejandro Sanz brilha no Grammy Latino.

Grammy Latino é medíocre por natureza.
É a mesma coisa que dar garantia de percentual de negros na faculdade...

"Não conseguem entrar? Ah, 'tadinhos, vamos dar uma chance pra eles..."

E pior que parecem não perceber que é uma forma de proliferar o preconceito. Ou você tem alguma dúvida de que, caso aprovado o projeto de lei federal (que se encontra em leitura e discussão por uma comissão de câmara especialmente selecionada)*, não vão culpar a própria lei por haver pessoas com mais melanina na pele? Aí, qualquer esforço por parte deles, será inútil, afinal, eles estão ali por lei e não por esforço próprio.

Mesma coisa com o Grammy, só não é lei, mas é algo como uma "exclusão por inclusão obrigatória".

"Olha, vimos seu apelo e concordamos que vocês não conseguem ganhar os prêmios por culpa da concorrência e da falta de espaço do som de vocês, então resolvemos criar uma festa inteirinha só para vocês, o que acham?"

E tá feita a merda.

A festa serve para divulgação para os artistas? Sim, ótimo. Mas não vai ser um ou outro gramofonezinho "latino" e dourado, que vai me dizer se a música brasileira é boa ou não.


* Colaboração do Marcio, meu grande amigo (e advogado nas horas vagas) ;-)

Nenhum comentário: