segunda-feira, 29 de julho de 2002

obs: Este texto foi escrito ontem.

AnimaMundi Reports - Dia 5

Hoje, domingo, último dia de festival, sem sombra de dúvidas, eram os casais que prevaleciam. Eu e minha irmã, de onde podíamos ver, contamos 13. Eram duplinhas por todos os lados... Ai, ai... :)
Vimos só duas sessões. Uma retrospectiva e uma concorrendo. Ainda veríamos as premiações, mas como terminaria por volta das 23h, ficamos com medo de não haver mais ônibus e deixamos a idéia de lado. (Fora que tava 11°C)

Destaque do Dia 5

Dentre os filmes que estavam concorrendo nesta sessão (que já havia passado na 2a. feira, mas perdemos), entre os melhores ficou o americano The Mousochist, de 4 minutos. Já no título, um trocadilho criativo que explica perfeitamente todo o enredo: um rato saído de sua toca, avista um enorme pedaço de queijo preso à uma ratoeira e se empolga com a comida, mesmo sabendo que ela causará sua morte. Ele enrola, cheira, dança, lambe, cheira, dança, lambe, festeja, enrola. Ao final, morde um grande pedaço. Sua cabeça é arrancada no impacto e em seu instinto, como último sopro de vida, ele mastiga e engole. Como a cabeça já havia sido decepada, ao engolir, o montinho de queijo sai pescoço afora. Hilário.

Colorido, animado, engraçado, sonoro e mantém a espectativa. Simples e eficiente.

Menções especiais AnimaRetrô

A Dirdy Birdy, um curto desenho americano com cores berrantes e estilo Animaniacs de traço e humor, só que sem uma única fala, como a maioria dos melhores trabalhos.

Com profundidade zero, o desenho diverte a ponto de arrancar gargalhadas nos mais afoitos. A Dirdy Birdy conta a história de um pássaro com cara de doido que tenta conquistar uma gata mal-humorada, que mora num galho de árvore. O engraçado da história são os métodos utilizados para o pássaro conquistá-la: iam desde mostrar a bunda até fingir de morto para ela ficar com pena. A felina sempre repudiava também dos modos mais cômicos: dava um soco que o mandava à lua, furava a bunda da ave com uma agulha - que estourava, entre outros. O final é tão previsível que não precisa nem contar.

Vale também uma comentada no gaúcho Deus É Pai, de Allan Sieber. Controverso, o filme mostra Deus e seu filho, Jesus, fazendo terapia de família. O rebelde Jesus acusava o pai de não dar-lhe atenção, de estar sempre preocupado com os "malditos pecadores" e de Ele não dar valor para o sofrimento e as chagas dele. O Pai acusava o filho de rebelde, de revoltado e de vagabundo, além de sempre deixar farelo de pão no sofá da sala...

Com um linguajar nada apropriado e desenho de Adão Iturrusgarai, Deus É Pai, que conta com vozes como a de Edu K, foi o mais criativo dos filmes por mim vistos, mesmo não sendo desse ano. Mas eu sou meio saudosista mesmo...

Agora, só ano que vem.

Nenhum comentário: