AnimaMundi Reports - Dia 3
Hoje senti que tinha um pouco menos gente. Talvez por ser uma sexta-feira. Por isso a correria diminuiu.
Outro fator que pode ter influenciado foi a quantidade de filmes concorrendo. Foram duas sessões de Retrospectiva e fechou com Osmosis Jones, um longa de 1h35, que confesso não vi (tava mó frio!!!).
Kids Off
Se você pensou que seria um excelente lugar para levar aquele seu priminho de 9 anos, pensou errado. Como toda arte, é uma mostra onde deve-se ir munido de mente aberta e paciência. Não há criança que suporte ficar em silêncio por vinte minutos num denso filme estoniano sobre as conseqüências psicológicas da guerra. E nem que entenda o macabro O Gato Com Mãos, onde o felino em questão atacava e comia as pessoas, passando a ter as partes do corpo de suas da vítimas. Estes são dois exemplos entre muitos outros. No próprio convite já diz "Aconselhável para maiores de 12 anos" e há algumas sessões que são "Aconselháveis para maiores de 16". Esse ano eles retiraram as sessões de animações eróticas (censura: 18 anos). Para os baixinhos, há as sessões infantis, longas e curtas que entretêm sem questões existencialistas ou puramente-artísticas-sem-nenhum-apelo-ao-público.
O melhor do dia 3
Coberto de Chocolate, alemão, de 1 minuto, que mostra dantops de três cores de chocolate diferentes (branco, marrom e preto) espalhados sobre um mapa mundi. Eles formam três pelotões de soldados, lembrando o jogo War. Um de cada pelotão dá um passo à frente. Uma pessoa dá uma mordida em cada um deles. Ficam os três dantops (um de cada cor) no centro do mapa e com o interior exposto. Crianças falam em uníssono: "Por dentro somos todos iguais". E surge um monte de mãozinhas carimbando a frase em diversas línguas sobre a cena.
Onde Andará Petrucio Felker?, brasileiro de 12 minutos, que ridiculariza os "artistas imcompreendidos" de uma forma cômica, mas não preconceituosa. Petrucio Felker (o filme nos dá a entender), realmente existe/existiu e é/era um artista desde criança, quando aos 7 anos fez uma escultura com estrume e vendeu a seus vizinhos portugueses, que já sabiam que ele tinha uma "brilhante vocação artística". Muitos depoimentos sobre o artista e seu sumiço em tom de documentário. Ao final, acompanhamos a cobertura pela TV Cult da sua volta ao mundo artístico. Hilário.
Feito pela Toscographics e criado por Allan Sieber (o mesmo de Deus É Pai), só poderia ter um ótimo resultado. Algumas vozes são de gente famosa, como Edu K (do De Falla), Paulo César Grande e Regina Casé, entre outros. Grande pedida.
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