quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Poliano

O'Malleys fazia dez anos. Não tinha programa até então. Balada numa terça? Por que não? Sem pagar entrada? Cerveja mais barata que o habitual ("normal" para o resto dos bares)? No site dizia que teria tábua de frios e tinha até uma banda! Iria até sozinho, mas a Nati topou e fombora.

No caminho descobri que talvez dois antagonistas poderiam estar lá também. Tudo bem, tinha música, eu me distrairia, não seria problema.

A banda tinha um baterista que não tinha caixa nem bumbo, mas um caixote(!). Quase quarenta por cento das músicas eu não conhecia. E eram pop rock!! Populares? Não pra mim. E claro que o Dose Tripla (o trio) tinha que tocar músicas desconhecidas no exato instante em que um dos antagonistas, o menos periculoso, sentara-se à mesa. Murphy é sempre um bom amigo em horas difíceis. Tudo bem, pelo menos Ele não pôs a outra possibilidade na minha frente.

Entre idas e voltas do rapaz, a conversa com ele durou pouco. Meu cérebro havia habilmente inventado a comida gratuita, mas conseguimos pegar uma fatia do pequeno bolo, daqueles que pede por uma cerveja pra acompanhar, claro.

Fora tudo isso, o que contou mesmo no final das contas foi ver que certas coisas não mudam nunca. E que a companhia de uma das amigas mais companheiras continua sempre agradabilíssima.

Batatas fritas com vários molhos, alguns - vários - drinks (diferentes entre eles), bolo de chocolate, músicas e risadas.

Uma noite deliciosa, é assim que quero (e vou) me lembrar dela.

...

Até eu semiacordar hoje com metade do mundo rodando e a outra metade dormindo, ao som delicioso do serrote elétrico do pedreiro cortando sei lá o quê... (ele bem que podia estar cortando os próprios ossos ali, não?) Ah, claro, era o recorte do piso (e dos meus neurônios) na reforma da casa, às dez e meia da madrugada. Iupi.

E claro que, ao me olhar o espelho e ver a cara revirada, o que mais me incomodou foi o pânceps...

Me vesti e fui pra academia.

A pior coisa que se pode fazer de ressaca é ir malhar. A pior. Ter que cumprimentar todo mundo quando quer mandar à merda, ouvir o instrutor falando "vamo lá, não pára, força!", beber água que nem um camelo... Eu que adoooooro calor, suei que nem um... porco (?) por causa do allcool. Não foi uma decisão esperta.

Pelo menos a ressaca passa mais rápido... E o dia, mais leve.

Mas a noite foi divertida. É assim que vou me lembrar dela.

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