segunda-feira, 19 de maio de 2003

Vou escrever melhor sobre o show depois.

Só digo que gostei muito.
E que tive momentos de pura tietagem, como ir atrás dos caras pra tentar tirar fotos na saída...
Apareci na TV Cultura e tudo o mais.

Mas por hora só deixo uma letra que até tinha esquecido como era boa, de tanto tempo que fazia que eu não escutava o segundo CD.
E imaginar que essa letra quis dizer tanto pra mim no lançamento do CD e agora se reitera, por coincidência (coincidência?? não... não existe uma coincidência desse tamanho...) conseqüência da vida (ou do destino?)...

Eles tocaram essa lá.
E eu me toquei na platéia.

Pr'aquela que tem me puxado um pé para o chão toda vez que eu saio flutuando e me faz lembrar que é bem mais gostoso "deixar ser como será" (negritos meus):

Retrato pra Iaiá
(L: R. Amarante; M: R. Amarante / M. Camelo)

Iaiá, se eu peco é na vontade de ter um amor de verdade. Pois é que assim, em ti, eu me atirei e fui te encontrar pra ver que eu me enganei.

Depois de ter vivido o óbvio utópico - te beijar - e de ter brincado sobre a sinceridade e dizer quase tudo quanto fosse natural ... Eu fui praí e ver, te dizer:

Deixa ser. Como será quando a gente se encontrar ? No pé, o céu de um parque nos testemunhar. Deixa ser como será! Eu vou sem me preocupar. E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar.

De perto eu não quis ver que toda a anunciação era vã. Fui saber tão longe - mesmo vc viu antes de mim - que eu te olhando via uma outra mulher. E agora o que sobrou: Um filme no close pro fim.

Num retrato-falado eu fichado exposto em diagnostico. Especialistas analisam e sentenciam: "Deixa ser como será. Tudo posto em seu lugar". Então tentar prever serviu pra eu me enganar. Deixa ser. Como será. Eu já posto em "meu lugar"? Num continente ao revés, em preto e branco, em hotéis. Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê.

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