sábado, 22 de fevereiro de 2003

Minha primeira FestUSP

Ontem rolou festa.

À tarde, um casal tocava músicas em versões acústicas. O cara me convidou pra cantar e eu o acompanhei com Charlie Brown Jr. e Plebe Rude. Um bixo cantanto na frente de 300 veteranos e dizendo "viva os bixos!!!" não foi nada agradável pra eles... Mas eu não podia deixar passar... :)

À noite, uma puta banda e, em intervalos, um DJ-que-só-ouve-techno-de-rádio executava algumas canções (tão ruim era o pobrezinho...).

Historinha da noite:

Todo mundo abraçado, pulando em roda e cantando "Me Deixa", que a banda tocava com qualidade. Quando a música acabou, uma galera (na qual me incluo) pra lá de bêbada (no qual me incluí mais tarde) juntou-se pra fazer um "abraço coletivo". Como todo mundo, abracei pelo pescoço quem estava dos meus dois lados. Uma garota bonita, com cara de metida, uma mesma que horas antes pegara da minha mão uma lata de cerveja recém-comprada e saíra correndo dizendo que ela tinha direito por ser minha veterana (cerveja essa que acabamos "rachando"), estava agora ao meu lado, mas tentando se livrar do meu intento com aquele arzinho de não-me-toques que eu tanto repudio:

– Que bixo folgado!!!

– Ué?? Tá bom... Não quer, não vem...

De trás de mim uma voz grave de um cara alto e jeito de malandro:

– Ela tá acompanhada...

Eu nem quis discutir. Não pelo cara ser alto e ter jeito de malandro, mas a idiotice da atitude dela não despertava a menor vontade de debater.

Depois disso, a cada 15 minutos a menina aparecia "coincidentemente" na minha frente enquanto eu dançava (sim, eu fiz isso... de novo...). Eu, avistando-a, sempre a olhava contrariado.

Em determinado momento, não me contive: ela estava "acidentalmente" dançando ao meu lado pela quinta vez. Não evitei um sorriso, um pouco maquiavélico para mim, com candura para ela. Ela também não escondeu o sorriso, mas este segundo, dos lábios dela. Olhei em volta e nada do rapagão. Dançando discretamente, ainda sorrindo, fui em sua direção e, olhando-a nos olhos verdes que certamente esperavam algum galanteio, disse-lhe ao ouvido:

– O fato de você estar acompanhada impede que a gente seja simplesmente amigos?

Ela me olhou tentando não transparecer a surpresa:

– Claro que não... Nada a ver!! – e espalmava as mãos, como se quisesse enfatizar a frase.

Continuamos dançando mais alguns segundos, até a música acabar. Não a vi mais pelo resto da noite, de onde saí triunfante.

Nenhum comentário: